quarta-feira, 3 de outubro de 2012



Algumas reflexões sobre a experiência em Estágio em Docência



Ao compreendermos o processo de aprendizagem, por meio da experiência na disciplina Estágio em Docência, podemos concluir que o papel do docente é consolidado como sendo o de facilitador da aprendizagem dos alunos, ou seja,
“seu papel não é ensinar, mas ajudar o aluno a aprender; não é transmitir informações, mas criar condições para que o aluno adquira informações; não é fazer brilhantes preleções para divulgar a cultura, mas organizar estratégias para que o aluno conheça a cultura existente e crie cultura”. (ABREU, M. Cecília, MASETTO, Marcos, p. 11)
                 
          Não existe uma receita simples de todo o processo de aprendizagem no ensino superior, mas podemos concordar que:
“A prática concreta do professor do ensino superior assenta-se sobre três pontos principais: o conteúdo da área na qual o professor é um especialista; sua visão de educação, de homem e de mundo; a habilidade e os conhecimentos que lhe permitem uma efetiva ação pedagógica em sala de aula”. (ABREU, M. Cecília, MASETTO, Marcos, p. 1)

Há muito a aprendermos para que possamos ensinar. Sem dúvida, o sucesso de um professor é baseado em muito estudo, preparação, planejamento, esforço, inspiração, dedicação, prática, dentre outros elementos essenciais.
Embora devamos considerar os problemas do ensino superior no Brasil  - a falta de incentivo aos professores, os investimentos insuficientes -, não é nosso objetivo por ora discutir as várias soluções possíveis.
Entretanto, com o que aprendemos acerca dos aspectos didáticos no decorrer da disciplina Estágio em Docência, pudemos identificar que aos poucos, com o desenvolvimento da prática, é possível sermos professores de sucesso. Ou seja, podemos fazer com que o aluno aprenda, adquira informações e crie cultura. Isso é um bom começo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA

ABREU, M. Cecília, MASSETTO, Marcos T. O Professor Universitário em aula: Prática e Princípios teóricos. Editora Cortez, São Paulo,1982.




OS RESULTADOS DA PRÁTICA DE ENSINO - A Elaboração do Plano de Ensino
Copiado do Blog do Tiago Mota
                  

                    A atividade de elaboração de um Plano de Ensino foi um dos maiores desafios encontrados na disciplina Estágio em Docência, pois envolveu uma série de esforços, decisões e, principalmente, planejamento. Assim como outras atividades humanas, ensinar também requer planejamento.
                        Embora um esquema de Plano de Ensino não seja rígido, o que permite que algumas adaptações possam ser realizadas no decorrer da disciplina, a atividade de planejamento, segundo ABREU e MASETTO (1982), faz com que o professor visualize as informações sobre a eficácia de seu trabalho permitindo que seja aperfeiçoado e renovado.
         No total, foram elaborados três Planos de Ensino. A elaboração dos Planos foi baseada no modelo de Plano de Unidade do livro “O Professor Universitário em aula: Prática e Princípios teóricos” e consistiu nos seguintes elementos básicos, conforme exemplo abaixo:


Universidade de Brasília
Faculdade de Ciência da Informação
Programa de Pós-Graduação em Ciência da Informação e Documentação
Nome: Patrícia de Jesus Ferreira Costa
Professor: Prof. Dr. André Porto Ancona Lopez
Disciplina: Estágio de Docência em Ciência da Informação I/II
Código: 382370


PLANO DE UNIDADE

1.   IDENTIFICAÇÃO

Disciplina: Informática Documentária
Professor responsável: Cláudio Duque
Tema: Sistemas Informatizados de Gestão Arquivística de Documentos aplicados a acervos fotográficos.

2.   OBJETIVOS
Ao final da aula, o aluno estará capacitado a:
a)       identificar as bases conceituais de algumas recomendações do Conselho Nacional de Arquivo e
b)       analisar as possibilidades de aplicações no que tange os documentos imagéticos;
c)       identificar as ações do Arquivo Nacional para o desenvolvimento de SIGADs e
d)       refletir sobre o processo de gestão e de inserção de documentos imagéticos de arquivo em SIGADs na Administração Pública brasileira .

3.   ESTRATÉGIAS
a)   Exposição teórica no Moodle das páginas 87 a 90 do Capítulo 2 da tese da Aline Lacerda.
b)   Disponibilizar no Moodle 5 questões sobre o texto da Aline e o conteúdo do e-Arq Brasil dado em sala de aula.
c)   Dinâmica:
                                         i.    Disponibilizar algumas fotografias da seleção brasileira de futebol com o objetivo de desafiar os alunos a desenvolverem os metadados das imagens.
d)   As questões disponibilizadas deverão ser respondidas e encaminhas por e-mail.

5. AVALIAÇÃO
a) Participação dos alunos
b) Entrega de respostas para as questões disponibilizadas no Moodle.
c) Entrega de análise de fotografias da seleção brasileira.

BIBLIOGRAFIA BÁSICA

CONSELHO NACIONAL DE ARQUIVOS (CONARQ). Modelo de requisitos para sistemas informatizados de gestão arquivística de documentos – e-ARQ Brasil. Rio de Janeiro, 2009. (Publicações Técnicas, n. 47).

BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR

LACERDA, Aline. Fotografia como documento de arquivo. In: A fotografia nos arquivos: a produção de documentos fotográficos da Fundação Rockefeller durante o combate à Febre Amarela no Brasil. Tese de Doutoramento. São Paulo: FFLCH-USP, 2008; cap 2 p. 75-129; <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-11092008-145559/>.

Lopez, André Porto Ancona.  As razões e os sentidos: finalidades da produção documental e interpretação de conteúdos na organização arquivística de documentos fotográficos.  Tese de Doutoramento.  São Paulo: Programa de Pós-Graduação em História Social da Fflch-Usp, 2000.

RONDINELLI, Rosely Curi. Gerenciamento arquivístico de documentos eletrônicos. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2002.






RESUMO DA DISCIPLINA ESTÁGIO EM DOCÊNCIA - 2º/2012
Patrícia de Jesus Ferreira Costa
Mestranda em Ciência da Informação

A disciplina Estágio em Docência teve como objetivo principal a capacitação dos alunos de Pós-graduação em Ciência da Informação quanto aos aspectos pedagógicos por meio do desenvolvimento de práticas de ensino supervisionado.
As aulas foram ministradas pelo Prof.º Drº André Porto Ancona Lopez e suas atividades foram divididas em três momentos: 1) Discussão teórica;  2) Elaboração e aplicação de plano de ensino; 3) Discussões e reflexões acerca da experiência prática dos alunos em sala de aula.
O primeiro momento consistiu na troca de conhecimentos e em discussões com base no livro “O Professor Universitário em aula: Prática e Princípios teóricos” [1]. No segundo momento, elaboramos um Plano de Ensino e o aplicamos em sala de aula com alunos de graduação. Por último, discutimos e avaliamos os resultados dessa experiência com o objetivo de identificarmos as características da prática do ensino superior. e os seus maiores desafios.
Nesse intervalo, foi desenvolvido o Blog DIDÁTICA EM CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO para que os alunos da disciplina trocassem experiências e materiais sobre a “arte de ensinar”.
No decorrer da disciplina, nos deparamos com diversos desafios na construção de propostas didáticas, o que nos proporcionou uma visão clara das dificuldades e especificidades que o professor deve desenvolver a fim de alcançar seus objetivos.
Considerando essa perspectiva, pudemos compreender que a atividade docente é um trabalho humano e, dessa forma, é construída por sujeitos inseridos em um contexto social. Além disso, é essencial reafirmar que esta atividade é capaz de transformar positivamente a sociedade em seus aspectos mais subjetivos.
Dessa forma, “a qualidade, o conteúdo e a distribuição da educação são determinados pelas condições sociais e culturais e revelam formas e modos de atingir e preservar objetivos e valores, nem sempre expressos, mas importantes e queridos da organização social”. (TEIXEIRA apud ABREU E MASETTO , 1982, p. 127).

[1] ABREU, M. Cecília, MASSETTO, Marcos T. O Professor Universitário em aula: Prática e Princípios teóricos. Editora Cortez, São Paulo,1982.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Experiência em didática na Ciência da Informação



Copiado de bancodeatividades.blogspot.com

            O processo de experiência em sala de aula propõe o desenvolvimento de um plano de aula, dinâmicas e materiais didáticos relacionados ao tema, com intuito de transmitir aos alunos o conteúdo com clareza e precisão. O tema foi abordado em três fases e cada uma delas apresentou resultados da parte dos alunos de graduação e em relação à minha experiência docente.
            O desenvolvimento de um vídeo onde era apresentado a monografia produzida por mim e pela bibliotecária Nathalia Ferreira em 2010, surgiu como uma ideia para suprir a minha ausência durante a mesa redonda proposta pelo GPAF, e apresentou bons resultados. O vídeo (disponível aqui) foi apresentado durante a aula e os alunos o solicitaram aos monitores seu acesso para posteriores estudos e coleção de material sobre a Diplomática e Tipologia Documental. A atividade proposta através do blog realizou-se de acordo com a dinâmica já existente na disciplina e 70% dos alunos a realizaram. O resultado dos exercícios, apresentados e discutidos posteriormente em sala de aula, me apresentou as maiores dificuldades dos alunos em relação à seleção de documentos e aplicação das teorias estudadas nos acervos fictícios. Essa dinâmica se mostrou essencial para a formulação da apresentação oral em sala que foi realizada como última fase do projeto.
            A produção desses materiais didáticos foi de extrema importância, e os mesmos se tornaram úteis como materiais base para a disciplina. O desenvolvimento de outros vídeos para acoplar a coleção de referências didáticas sobre o tema me parece interessante e vai ser estudado como projeto junto ao meu professor orientador.
            As minhas percepções durante o processo foram bastante positivas e reforçaram alguns conceitos e opiniões que eu já possuía sobre o trabalho do professor em sala de aula e fora dela. É importante conhecer o assunto a ser tratado, lembrando que dificilmente alguém terá pleno conhecimento de uma área ou disciplina, mas é preciso transmitir aos alunos com confiança a matéria que se pretende ensinar. A discussão em sala de aula é um dos meios para se aprender cada vez mais um assunto estudado e identificar suas próprias dúvidas.
            A interatividade durante o processo de ensino e aprendizagem é, em minha opinião, a melhor maneira de se transmitir eficientemente um conteúdo. A utilização de materiais didáticos, como o vídeo citado ou slides, não substitui a conversa entre aluno e professor, apenas auxilia ambos na produção de referências sobre o tema estudado.